Aos Olhos de Quem Vê

Para quem leu o texto " O tempo" e gostou, aqui vem mais um conto da mesma autora: Angélica Vidal.


Aos Olhos de Quem Vê

A vela pinga, o menino sopra, a cera seca, o menino toca.


Ainda era dia e de nada serviria aquele toco de vela gasto. E mesmo que já fosse noite, não daria pra ver quase nada do quintal enorme. Um ventinho morno soprou o rosto do menino, fazendo o cabelo, duro de tanta sujeira, balançar um pouco. Com a mão livre, ele arrumou o cabelo num gesto quase involuntário. O desenho que fazia era mais importante.
E ele não notou na formiga caminhando pelo papel, muito menos no homem sentado alguns metros a sua frente. De fraque, cartola e relógio na mão, Tempo assistia aos movimentos do garoto como quem assiste a um filme.

A vela pinga, o menino sopra, a cera seca, o menino toca.

Um pingo cai no dedo do menino, ele geme. No mesmo instante a vela é colocada ao seu lado e a tábua cai do outro. O dedo é enrolado pela camisa imunda e pressionado pela outra mão. Mas a ansiedade do menino é maior do que a dor do dedo e a tábua logo volta ao seu lugar. Com as duas mãos ele tateia o papel para voltar a posição original, em seguida pega a vela com cuidado e ela volta ao seu trabalho de pingar.

Tempo suspira baixinho (ele não quer atrapalhar o menino). Porém ele, o Tempo, sabe que se avançar um único passo que seja, a vela apaga; entretanto, ficar ali, parado, também é errado. Mas o que fazer? O homem admira o menino e, por isso, espera.

A vela pinga, o menino sopra, a cera seca, o menino toca.

O sorriso no rosto do menino (e também no do Tempo) aumenta ao passo que o desenho chega ao seu fim. Um último pingo e o menino deixa a vela ao lado. Vendo isso, Tempo levanta-se, o vento sopra, a vela se apaga e o desenho voa.

Inutilmente o menino ergue as mãos, mas a folha que procura já está nas mãos enluvadas do Tempo, fora de seu alcance.

“Você sabia, não é? Eu não podia terminar este também...”

Lamentava-se o menino.

“Nosso trato. Ou então estaremos contradizendo as ordens do Destino...”

O menino fitava o nada, mantendo a cabeça baixa. Tempo sorriu, da mesma forma que sorriria um pai ao ver o filho amadurecer.

“Um dia você vai conhecer a sua galeria.”

E o menino estava só, com os olhos brilhantes de emoção. Enxugou as lágrimas com a camisa suja e assim que abriu os olhos, por um segundo, ele viu a vela.

Prova Brasil - 9º ano

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1ª QUESTÃO:
O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89.

O homem desviou-se de sua trajetória porque
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(B) já estava “viajando” há vários dias.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira.

2ª QUESTÃO:
Texto I
Sem-proteção
Jovens enfrentam mal a acne, mostra pesquisa.
Transtorno presente na vida da grande maioria dos adolescentes e jovens, a acne ainda gera muita confusão entre eles, principalmente no que diz respeito ao melhor modo de se livrar dela. E o que mostra uma pesquisa realizada pelo projeto
Companheiros Unidos contra a Acne (Cucas), uma parceria do laboratório Roche e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): Foram entrevistados 9273 estudantes, entre 11 e 19 anos, em colégios particulares de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Pará, Paraná, Alagoas, Ceará e Sergipe, dentre os quais 7623 (82%) disseram ter espinhas. O levantamento evidenciou que 64% desses entrevistados nunca foram ao médico em busca de tratamento para espinhas. "Apesar de não ser uma doença grave, a acne compromete a aparência e pode gerar muitas dificuldades ligadas à auto-estima e à sociabilidade", diz o dermatologista Samuel Henrique Mandelbaum, presidente da SBD de São Paulo. Outros 43% dos entrevistados disseram ter comprado produtos para a acne sem consultar o dermatologista - as pomadas, automedicação mais frequente, além de não resolverem o problema, podem agravá-lo, já que possuem componentes oleosos que entopem os poros. (...) Fernanda Colavitti

Texto II
Perda de Tempo
Os métodos mais usados por adolescentes e jovens brasileiros não resolvem os problemas mais sérios de acne.
23% lavam o rosto várias vezes ao dia
21% usam pomadas e cremes convencionais
5% fazem limpeza de pele
3% usam hidratante
2% evitam simplesmente tocar no local
2% usam sabonete neutro
(COLAVITTI, Fernanda – Revista Veja Outubro / 2001 – p. 138.)

Comparando os dois textos, percebe-se que eles são
(A) semelhantes.
(B) divergentes.
(C) contrários.
(D) complementares.

Texto para as questões 3 a 5
As Amazônias

Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro.
Quem viaja pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

3ª QUESTÃO:
No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” revela
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.

4ª QUESTÃO:
O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.

5ª QUESTÃO:
A frase que contém uma opinião é
(A) “cobre mais da metade do território brasileiro”.
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta”.
(C) “...maior floresta tropical do mundo”.
(D) “Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas”.


6ª QUESTÃO:
O que torna o texto engraçado é que
(A) a aluna é uma formiga.
(B) a aluna faz uma pechincha.
(C) a professora dá um castigo.
(D) a professora fala “XIS” e “CÊ AGÁ”.


7ª QUESTÃO:
No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação reforçam ideia de
(A) comoção.
(B) contentamento.
(C) desinteresse.
(D) surpresa.











(Prova Brasil – 9º. ano)

Desenvolvimento dissertativo

Se a introdução é a parte do texto disertativo-argumentativo que, além de situar o tema, apresenta a tese e o ponto de vista a ser defendido pelo autor, o desenvolvimento é a própria defesa desse ponto de vista, ou seja, é a parte mais importante do texto, aquela que é responsável pelo desenvolvimento de sua ideia principal.

Como o texto dissertativo-argumentativo tem uma finalidade persuasiva, a qualidade dele depende da escolha, da consciência e da organização dos argumentos apresentados no desenvolvimento.

Tipos de desenvolvimento do texto dissertativo-argumentativo

Não há número previamente definido de parágrafos no desenvolvimento de um texto dissertativo-argumenttivo. Apesar disso, geralmente cada argumento coresponde a um parágrafo. Às vezes, porém, um argumento mais complexo se desdobra em dois aspectos, o que cria a necessidade de fazer dois parágrafos para um único argumento. Também podem ocorrer construções em que um único parágrafo faz uso de dois argumentos.
Os tipos mais comuns de parágrafos de desenvolvimento são aqueles organizados com base em:

Enumeração:
Em 69% dos casos de violência sexual, a vítima é alguém menor de idade, e, em apenas 6% das vezes, o abusador é um desconhecido. Ou seja, em 94% das denúncias feitas, o acusado é alguém próximo ao jovem – às vezes é o pai, o irmão, um primo ou um amigo próximo. (É proibido fazer silêncio).
(Folha de São Paulo, 13/10/2003. Folhateen.)

Nesse tipo de parágrafo, que é o mais utilizado, o autor pode definir, conceituar, classificar, detalhar, expor dados, etc. No parágrafo acima, por exemplo, fazendo uso de dados estatísticos, o autor explica qual é o perfil dos responsáveis por abuso sexual de menores

Exemplificação:
Na África, por exemplo, existe uma mulher fumante para casa sete homens, mas entre jovens de 13 a 15 anos a proporção é bem maior: uma para cada 2,2. Tendências semelhantes são verificadas em outros continentes. Na Europa, 33,9% dos garotos e 29% das garotas fumam. Nas Américas, os indíces são de 16,6% e 12,2%, respecticamente. Os números mundiais para jovens são de 15% e 6,6%. Na população adulta, as taxas são de 47% e 12%.
(Mulheres fumantes. Editorial da Folha de São Paulo de 14/8/2003.)

Obeserve que, nesse texto, cujo objetivo é discutir o aumento significativo do número de mulheres fumantes no Brasil e no mundo, o autor cita como exemplo o caso da África. Além da exemplificação com os da Europa e os da América.


Causa e consequência:
Os números concernentes ao total de mortes violentas ocorridas ano passado também são reveladoress e preocupantes: 11% do total de óbitos registrados no país decorreram das chamadas causas externas, ou seja, acidentes de trânsito, homicídios e suicídios. A cifra é bastante alta, superando em muito as taxas mais “civilizadas”, como a da Inglaterra, que é de 5%. Repetindo um padrão já conhecido, as mortes violentas atingiram quatro vezes mais a população masculina do que a feminina.
(Retrato da violência. Editorial da Folha de S. Paulo de 24/12/2004.)

Nesse tipo de parágrafo, procura-se geralmente indicar as causas do fato que está em discussão. No texto anterior, o autor aponta as causas do aumento da violência em várias cidades brasileiras. Além de trabalhar com a causalidade, ele ainda faz uso da comparação (entre dados brasileiros e ingleses, ou entre população masculina e feminina) para fundamentar seu ponto de vista.

As relações de causa e consequência
O esquema abaixo pode ser utilizado quando for apresentada uma afirmação que possibilite facilmente a verificação de uma causa e de uma consequência. Ocorre da seguinte maneira: você recebe um tema (afirmação) e busca encontrar uma causa da situação proposta pelo tema e, em seguida, uma consequência provocada por essa situação.


O esquema abaixo pode ser utilizado quando for apresentada uma afirmação que possibilite facilmente a verificação de uma causa e de um consequência. Ocorre da seguinte maneira: você recebe um tema (afirmação) e busca encontrar uma causa da situação proposta pelo tema e, em seguida, uma conseqüência provocada por essa situação.


Título

1º.
Parágrafo

Apresentação do TEMA
(com ligeira ampliação) - Introdução

2º.
Parágrafo - Causa - (com explicações adicionais)


Desenvolvimento

3º.
Parágrafo - Conseqüência - (com explicações adicionais)

4º.
Parágrafo - Expressão inicial + reafirmação do TEMA + observação final - Conclusão

Para encontrar a causa e a consequência, partimos inicialmente de um tema:

“Constatamos que, no Brasil, existe um grande número de correntes migratórias que se deslocam do campo para as pequenas ou grandes cidades.”

Para encontrarmos uma causa, perguntamos POR QUÊ? ao tema acima. Dentre as respostas possíveis, poderíamos citar o seguinte fato: “A zona rural apresenta inúmeros problemas que dificultam a permanência do homem no campo”.
No sentido de encontrar uma conseqüência para o problema enfocado no tema ao lado, cabe a seguinte pergunta: “As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condições de subsistência e de trabalho”.


Observação:
Veja que a causa e a conseqüência citadas neste exemplo podem ser perfeitamente substituídas por outras, encontradas por você, desde que tenham relação direta com o assunto. As sugestões apresentadas não são as únicas possíveis.

EXEMPLO

CAUSA – Algumas pessoas refugiam-se nas drogas na tentativa de esquecer seus problemas.

TEMAS – Muitos jovens deixam-se dominar pelo vício em diversos tipos de entorpecentes, mal que se alastra cada vez mais em nossa sociedade.

CONSEQÜÊNCIA – Acabam tornando-se dependentes dos psicotrópicos dos quais se utilizam e, na maioria das vezes, transformam-se em pessoas inúteis para si mesmas e para a comunidade.



Relação entre causa e conseqüência
Você possui um tema para ser analisado. Neste caso, a melhor forma de desenvolvê-la é estabelecer a relação causa-conseqüência. Vamos à prática com o seguinte tema:

Tema - Constatamos que no Brasil existe um grande número de correntes migratórias que se deslocam do campo para as médias ou grandes cidades.
Para encontrarmos uma causa, perguntamos: Por quê? ao tema acima. Dentre as respostas possíveis, poderíamos citar o seguinte fato:
Causa: A zona rural apresenta inúmeros problemas que dificultam a permanência do homem no campo.

No sentido de encontrar uma consequência para o problema enfocado no tema acima, cabe a seguinte pergunta:
O que acontece em razão disso? Uma das possíveis respostas seria:
Conseqüência - As cidades encontram-se despreparadas para absorver esses migrantes e oferecer-lhes condições de subsistência e de trabalho

Veja que a causa e a conseqüência citadas neste exemplo podem ser perfeitamente substituídas por outras, encontradas por você, desde que tenham relação direta com o assunto. As sugestões apresentadas de maneira nenhuma são as únicas possíveis.
(Fonte: Técnicas Básicas de Redação, Branca Granatic, Scipione)

Crase

REGRA GERAL
A crase ocorrerá sempre que o termo anterior exigir a preposição a e o termo posterior admitir o artigo a ou as. Vou a a praia.= Vou à praia.

ATENÇÃO
a. Para se certificar, substitua o termo feminino por um masculino, se a contração ao for necessária, a crase será necessária.
Vou à praia./ Vou ao clube.

EMPREGO OBRIGATÓRIO DA CRASE
Sempre ocorrerá crase:
1. Nos casos em que a regra geral puder ser aplicada.
Dirigiu-se à professora.
2. Nas locuções conjuntivas, adverbiais e prepositivas (formadas por a + palavra feminina).
À medida que passa tempo a violência aumenta.
O povo brasileiro vive à mercê de políticos muitas das vezes corruptos.
Gosto muito de sair à noite.
3. Na indicação do número de horas, quando ao trocar o número de horas pela palavra meio-dia, obtivermos a expressão ao meio-dia.
Retornou às oito horas em ponto./ Retornou ao meio-dia em ponto.
4. Nas expressões à moda de, à maneira de mesmo quando essas estiverem implícitas.
Farei para o jantar uma bacalhoada (à moda de Portugal) à portuguesa.

EMPREGO FACULTATIVO DA CRASE
1. Diante de pronomes possessivos femininos.
Vou a sua casa./ Vou à sua casa.
2. Diante de nomes próprios femininos.
Não me referia a Eliana./ Não me referia à Eliana.
3. Depois da preposição até.
Foi até a porta./ Foi até à porta.

CASOS EM QUE NUNCA OCORRE A CRASE
1. Diante de palavras masculinas.
Saiu a cavalo e sofreu uma queda.
2. Diante de verbos.
Ele está apto a concorrer ao cargo.
3. Diante de nome de cidade (topônimo) que repudie o artigo.
Turistas vão freqüentemente a Tiradentes.

ATENÇÃO
a. Descubra se o nome da cidade aceita artigo: use o verbo VOLTAR.
Se houver contração de preposição e artigo, existirá crase.

Voltei da Espanha./ Fui à Espanha.

Voltei de Tiradentes./ Fui a Tiradentes.
b. Se o nome da cidade estiver determinado, a crase será obrigatória.
Fui à histórica Tiradentes.

4. Em expressões formadas por palavras repetidas (uma a uma, frente a frente, etc.).

Olhamo-nos cara a cara.
5. Quando o a estiver no singular diante de uma palavra no plural.
Como posso resistir a pessoas tão encantadoras?
6. Diante do artigo indefinido uma.
Isto me levou a uma decisão drástica.
7. Diante de Nossa Senhora e de nomes de santos.
Entregarei a Nossa Senhora da Conceição minha oferenda.
8. Diante da palavra terra, quando esta significar terra firme, tomada em oposição a mar ou ar.
Os pilotos já voltaram a terra.
9. Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando esta não estiver determinada por adjunto adnominal.
Não voltarei a casa esta semana.


ATENÇÃO
a. Caso a palavra casa venha determinada por adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Não voltarei à casa de meus pais esta semana.

10. Diante de pronomes que não admitem artigo: relativos, indefinidos, pessoais, tratamento e demonstrativos.
Dei a ela oportunidade de se redimir.
Solicito a V.Sª a confirmação do pedido.
Convidei a várias pessoas para a reunião.
11. Diante de numerais cardinais quando estes se referem a substantivos não determinados pelo artigo.
Daqui a duas semanas retornarei ao trabalho.

CRASE DA PREPOSIÇÃO A COM OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
1. Preposição a + pronomes = à, àquilo, àquele(s), àquela (s)
Assistimos àquela peça teatral.
2. A crase da preposição a com o pronome demonstrativo a ocorrerá sempre antes do pronome relativo que (à que) ou da preposição de (à de).
Esta não é a pessoa à que me referia.


EXERCÍCIOS

1. Quais as formas que completam, pela ordem, as lacunas das frases abaixo?
Daqui ___ pouco vai começar o exame.
Compareci ___ cerimônia de posse do novo governador.
Não tendo podido ir ___ faculdade hoje, prometo assistir ___ todas as aulas amanhã.

a) à – a – a – à
b) há – na – à – a
c) a – há – na – a
d) há – na – à – à
e) a – à – à – a

2. “___ noite, todos os operários voltaram ___ fábrica e só deixaram o serviço ___ uma hora da manhã.”
a) Há – à – à
b) A – a – a
c) À – à – à
d) À – a – há
e) À – à – a

3. “Estamos ___ poucas horas da cidade ___ que vieram ter, ___ tempos, nossos avós.”
a) a – a – há
b) há – a – a
c) há – à – há
d) à – a – a
e) a – à – há

4. “Quando ___ dois dias disse ___ ela que ia ___ Itália para concluir meus estudos, pôs-se ___ chorar.”
a) a – a – a – a
b) há – à – à – a
c) a – à – à – à
d) há – a – à – a
e) há – a – a – à

5. “Fique ___ vontade e confie ___ mim tudo que tem ___ dizer.”
a) a – a – à
b) à – a – a
c) à – a – à
d) à – à – à
e) a – à – a



6. “Dê ciência ___ todos de que não mais se atenderá ___ pedidos que não forem dirigidos ___ diretoria.”
a) a – a – a
b) a – à – a
c) a – a – à
d) à – à – à
e) à – a – à

7. Enviei dois ofícios ___ Vossa Senhoria.
Dirigiam-se ___ sala de reunião.
A entrada é vedada ___ toda pessoa estranha.
A carreira ___ qual aspiro é almejada por muitos.
Natal fica ___ 260 km de Mossoró.
a) a – a – à – a – a
b) a – à – a – à – a
c) à – a – à – a – a
d) à – à – à – a – à
e) à – à – à – à – a

8. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O papa caminhava à passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
e) Ele sempre assiste à filmes bons.

9. Indique em qual das alternativas abaixo se faz necessário o uso da crase.
a) Passeávamos a cavalo.
b) Ele ficava a direita.
c) Entregue o pacote a ela.
d) Estudaremos a partir de amanhã.
e) Daremos um presente a você.

10. Em qual das alternativas o uso do acento
indicativo de crase é facultativo?
a) Minhas ideias são semelhantes às suas.
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
c) Dei um presente à Mariana.
d) Fizemos alusão à mesma teoria.
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.

11. A sentença em que a palavra sublinhada deveria receber acento grave indicativo da crase é:
a) A melhor maneira de conversar é frente a frente.
b) Chegou a falar sobre isso.
c) Ainda voltarei a essa cidade.
d) Todos se sentiam a vontade para esta missão.
e) Tenho horror a discussões horríveis.

Atividade de Redação

Já postei sobre este assunto. Agora, algumas atividades...

ATIVIDADE – INTRODUÇÃO DISSERTATIVA

1. Classifique as teses a seguir, considerando os seguintes procedimentos.

a) Apresentando dados estatísticos.
b) Apresentando uma citação.
c) Fazendo uso de uma linguagem figurada.
d) Conceituando ou definindo uma ideia ou fato.
e) Elaborando uma afirmação.
f) Estabelecendo comparação ou oposição.
g) Narrando um fato.
h) Traçando uma trajetória histórica ou geográfica.
i) Elaborando uma interrogação ou uma sequência de interrogações.

1. ( ) A alma das mulheres. Balzac certa vez escreveu: “... as mulheres vêem tudo ou não vêem nada, segundo as disposições de sua alma: o amor é a sua única luz”. E as disposições da alma feminina são, a um só tempo, insondáveis e previsíveis.

2. ( ) Greve. Greve é uma palavra francesa, nome da praça de Paris onde operários, no século passado, se concentravam para reivindicar melhores condições de trabalho. É também um direito democrático, reconhecido pela doutrina social da Igreja e assegurado na Constituição Brasileira. Direito que ainda não foi absorvido nem pela mídia eletrônica, que nunca abre à versão dos trabalhadores o mesmo espaço dado à versão das empresas. Numa sociedade desigual, quem está no poder parece ter sempre razão.

3. ( ) O lado feminino do Brasil colonial. Quando os portugueses descobriram o Brasil, em 1500, conquistaram um mundo – milhões de quilômetros quadrados de terra fértil, num éden desconhecido de madeiras, frutas e raízes comestíveis, e um subsolo riquíssimo. Mas deram pouca atenção ao novo território, e quando resolveram colonizá-lo para valer, já em meados do século XVI, assustaram-se com o que viram. Os poucos brancos, negros e índios que aqui estavam, haviam aprendido a viver longe da civilização, numa sociedade que parecia confusa aos olhos dos portugueses. Uma versão primordial do samba do crioulo doido, pode-se dizer.

4. ( ) Safra de governadores é pobre. Os governadores nacionais, regra geral, carecem de brilho. Falta-lhe espírito inventivo. Sobra-lhes uma gordura epidêmica, que os torna pachorrentos e inertes.

5. ( ) O espelho partido. O que seria de nós todos, para entendermos nosso tempo, se não pudéssemos contar com o registro implacável da imprensa da telinha, do rádio, dos jornais e das revistas.

6. ( ) Jornada aviltante. O que é, o que é, que trabalha mais do que o homem, mas cujos resultados da labuta são bastante inferiores? Se você respondeu “a formiga”, errou. Como mostra relatório da ONU divulgado esta semana, a resposta correta é “a mulher”.

7. ( ) Sábado à noite, milhares e milhares de adolescentes lotam os barzinhos da moda ou botecos populares. Na cabeça, muita vontade de se divertir. Nas mãos, latinhas de cerveja ou bebidas mais fortes. Essa é uma cena tão comum em qualquer cidade do país que nem sequer chama a atenção. As autoridades, aos quais competiria punir os donos de estabelecimentos que servem álcool a menores de 18 anos, nem cogitam a possibilidade de reprimir a flagrante contravenção.

8. ( ) Nova campanha. É hoje inquestionável a importância das campanhas regulares contra a disseminação do vírus da Aids no País. Nelas, a informação clara e precisa desempenha uma função decisiva. E, quanto mais diversificadas forem suas mensagens, maior será o público atingido.

9. ( ) O sem-terra e o costas largas. O que diferencia o sem-terra do costas largas é a forma como o Estado trata um e outro quando flagrados à margem da lei. Como no poema de Augusto dos Anjos, a reação divide-se entre o mimo e a agressão. Diante de um costas largas infrator, a mão do Estado afaga. Frente ao transgressor sem-terra, ela apedreja.

10. ( ) Será mesmo o Brasil um país em que tudo vai bem? Será que realmente estamos no caminho certo? Será que a produção excepcional que demonstramos está realmente apresentando o quadro em que se encontra o país? Ou apenas acreditamos no que queremos?





2. Escreva três parágrafos introdutório-dissertativos. Use três maneiras diferentes, já estudadas em sala.