O Tempo

Olá!
Hoje eu trago um texto escrito por minha filha, Angélica Vidal, do qual gosto muito. Espero que gostem!

Até a próxima,
Cecilia Vidal.


Há quem diga que ele corre, outros afirmam que ele voa.
Se ele voa não sei dizer, mas está sempre passando, essa é a verdade.

Ainda me lembro daquele olhar vago, aquela cartola preta, as luvas brancas e o relógio dourado.

O TEMPO nunca muda.

Sempre fora um homem solitário, admirador do céu. Não é de se espantar quando vemos o céu perfeitamente imóvel (o Tempo parou pra vê-lo); seja nos fins de tarde de inverno, seja nas manhãs de verão. Gosta também das praias, onde as ondas se repetem. Dessa forma ele não precisa trabalhar tanto, não precisa correr, é só ir e vir.

Mas quem poderia entender sua solidão? Sempre passando, sem um único companheiro para sua viagem eterna; é essa a origem de seu apego aos solitários. O Tempo passa devagar, admirando aqueles que compartilham a mesma sina.

Quanto aos casais apaixonados, prefere passar despercebido, apressado. Se eu bem me lembro, ele não gostava quando essas cenas duravam muito.

De qualquer forma, ele sabe a hora de todos os acontecimentos, e sua missão é manter a ordem num mundo em que você nunca imaginou.

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